
Rodrigo Constantino
Rodrigo Constantino é economista formado pela PUC-RJ, com MBA de Finanças pelo IBMEC. Trabalha desde 1997 no mercado financeiro, como analista de empresas e administrador de portfolio. É autor do livro "Prisioneiros da Liberdade", da editora Soler.
O PODER DAS IDEIAS
No âmbito dos costumes temos um desejo de resgate dos valores conservadores. De onde vem isso? Justiça seja feita, Olavo de Carvalho vinha pregando nesse deserto há anos, e não por acaso hoje é o “guru” de Bolsonaro, e já indicou dois ministros. Agora jornalistas querem entender melhor quem ele é e o que pensa, mas uma legião de seguidores já o acompanha faz tempo.
HORA DE UNIÃO
Não adianta mais chorar, espernear, gritar “ele não”: Bolsonaro será o próximo presidente do Brasil. A esquerda terá que aprender a conviver com isso. Mas, se a experiência com Trump serve de aprendizado, podemos esperar uma postura infantil, contraproducente e desonesta de boa parte dessa turma.
POLÍCIA E LADRÃO
Em resumo, é o que temos agora: um candidato que defende a polícia e quer endurecer com marginais, e outro que vai tanto se consultar com um bandido preso que já pode até alegar redução de pena se for um dia condenado. O Brasil vai escolher entre a polícia e o ladrão no segundo turno.
LOCKE X ROUSSEAU
Quase toda questão política relevante pode ser resumida numa disputa intelectual entre Locke e Rousseau. É o que argumenta Jonah Goldberg em Suicide of the West, seu novo livro. Cada um dos filósofos defendeu modelos diametralmente opostos. Um foi a maior influência na Revolução Americana, o outro na Francesa.
MAUS PERDEDORES
Em casos extremos, o desespero da derrota iminente é tão grande que só resta ao esquerdista apelar para a violência. Eis onde surgem movimentos como o MST, o Black Lives Matter e a Antifa.
O DESPREZO PELA AMÉRICA
A narrativa “progressista” tem pintado a América como um país misógino, xenófobo, imperialista e preconceituoso. Da CNN às universidades, essa visão tem se espalhado, numa inversão que transforma uma grande nação em motivo de vergonha, em vez de orgulho nacional.
A REVOLTA CONTRA A CIÊNCIA
O iluminismo racionalista deixou a “Idade das Trevas” e seu obscurantismo para trás. Ao menos é nesse progresso que muitos acreditam. O problema é que, com a “morte de Deus”, colocaram qualquer coisa em seu lugar. E uma dessas coisas foi justamente a ciência — ou melhor: o cientificismo, que é sua deturpação.
ATRAVESSANDO O CORREDOR
Num mundo cada vez mais polarizado e com as redes sociais sendo confundidas com a realidade, faz-se necessário “atravessar o corredor”. Sair de sua pequena bolha e conversar, de fato, com o outro lado. As mudanças do Facebook, porém, ajudaram a alimentar a câmara de eco e o viés de confirmação de cada um.
DEPOIS DA COPA
Ninguém flerta com o socialismo impunemente. Os franceses estão sentindo na pele isso, algo que nós brasileiros sabemos bem. Por isso é hora de deixar a Copa para trás e focar no mais relevante: impedir a volta da esquerda ao poder.
EM BUSCA DO CANDIDATO IDEAL
As emoções têm levado a esse ambiente de polarização contra o establishment, as elites, a classe política, “tudo isso que está aí”. Mas e o “day after”?