Meus amigos.
No próximo mês de novembro, teremos mais uma eleição municipal, para a escolha dos novos prefeitos e vereadores no país.
Nessa oportunidade, o pleito está experimentando características específicas em razão do quadro de pandemia que afligiu todo o planeta no corrente ano, restringindo, drasticamente, a circulação das pessoas e concentrando a atenção de todos nas decorrências e riscos inerentes à doença.
Já de algum tempo, provavelmente em razão da impressionante evolução dos meios de comunicações que tem permitido, desde de meados do século vinte, a possibilidade de que se tenha informação quase imediata de tudo que ocorre em todos os espaços globais, as eleições municipais deixaram de receber da população a atenção que deveria e que era marcante no passado.
A maioria da população passou a tender em se preocupar com as eleições estaduais e, principalmente, aquelas que definiriam os ocupantes dos cargos federais (deputados, senadores e presidente da república.
Os meios de comunicação, mal encerradas as eleições para estes cargos, tendem a iniciar um processo de debate sobre o que possa vir a ocorrer nas eleições seguintes, previstas apenas para quatro anos depois, com isso, retirando das eleições municipais, que se darão nesse interregno, a importância que ela verdadeiramente deve ter.
Na verdade, todo o cidadão vive é no município.
No município ele mora. Na sua imensa maioria, trabalha no município em que se encontra a sua residência.
É no município que seus filhos estudam. É onde ele e sua família fazem compras.
Nos hospitais do seu município ele vai buscar atendimento quando tem problemas de saúde.
Na imensa maioria dos casos, seus deslocamentos para o trabalho, negócios e lazer se fazem, em transporte público municipal.
Aqueles que possuem transporte próprio trafegam pelas ruas e avenidas dos seus municípios.
São as condições de segurança pública dos seus municípios que geram no cidadão a sensação de segurança ou de insegurança que pode lhe gerar tranquilidade ou apreensão.
Por todas essas razões e outras tantas que poderiam ainda ser elencadas, a gestão do espaço municipal deveria receber de cada munícipe a maior atenção possível, na medida em que, mal gerido o município, sua realidade é impactada negativamente, em todos os sentidos.
No entanto, talvez pela influência da mídia, como já se disse, nos últimos tempos, o cidadão parece não atribuir às eleições municipais a importância que ele, efetivamente, tem.
No corrente ano, esse detalhe parece estar potencializado, o que pode trazer consequências preocupantes para o próximo pleito previsto para ocorrer em 2022.
Nos próximos três artigos que se submeterá à reflexão dos prezados leitores que visitam esse espaço, se buscará provocá-los a analisar detalhes que envolvem as próximas eleições municipais, sugerindo aspectos que deveriam se constituir em motivos de apreensão.
Buscar-se-á, no primeiro discutir o perfil do eleitor que estará se manifestando no pleito e, nos dois subsequentes, o perfil dos candidatos e as características que envolvem o processo eleitoral em si.